Jogada no sofá, como quem não quer nada, ela se pega olhando uma nova rede social, sem esperança de que nada demais fosse acontecer. Passando como um cardápio, ela ver a foto dele e apesar de o ter achado muito atraente, a legenda da foto é que chamou sua atenção (Saudades de Minas uai égua... ou coisa parecida). Eles se "curtem", começam uma conversa onde um pensa, o outro responde, é foi isso mesmo, como se pudessem até ler os pensamentos um do outro antes mesmo de se conhecer de verdade. Foi assim, que tudo começou.
Depois de uma longa semana de trabalho e conversas diárias e intermináveis, eles decidiram se conhecer, mas a verdade é que parece que já se conheciam há tempos. Ele pesquisou e leu tudo que encontrou sobre ela na internet, ela por sua vez, mal sabia o seu primeiro nome e o pouco que ele falara durante as conversas no decorrer da semana que passou.
No meio de um monte de gente, a noite parecia ser só ela e ele ali, sentados; como diria Eduardo Dusek: "Brindando cerveja como se fosse champanhe"; sem dar a mínima importância pra quem estava ao redor. Ela falava e ria, um riso solto, descontraído, como se já fossem amigos íntimos; ele retribuía de forma serena, olhar carinhoso e admirado com tanta afinidade encontrada em uma garota de tão longe do seu lugar.
A noite passou rápido, e a boa prosa continuava. Ela "tímida", e ele inquieto do carro desceu, e a beijou de maneira intensa e carinhosa. Segundo ela, foi como se o mundo tivesse acabado e recomeçado naquele momento. Como ela sempre afirmou: - Quando o papo é bom e o beijo encaixa, é paixão na certa. Pronto, ela se viu cheia de borboletas no estômago.
O que eles estavam ouvindo? Uma dupla que ela já ouvia, mas não sabia muito bem o nome. Se fosse hoje, ela falaria: acho que era hummm... Uma dupla aí, sim sim, é essa mesmo. E marcou, cada minuto dos primeiros encontros.
E não deu nem tempo dela pensar o que toda mulher pensa: Será que ele vai me ligar amanhã?
Não, não deu tempo mesmo, pois eles não conseguiam mais deixar de se falar. A vontade dos dois era tão igual, que ela iniciava a frase e ele concluía, tipo esses casais lindos dessas comédias românticas (bem água e açúcar).
E eles se viram no outro dia e na outra semana, e na outra semana, até que resolveram que estavam namorando e foram se apegando, de maneira que a vida pra ela era completa com ele junto. Com sabor tipo de queijo com goiabada (huummm delícia!!!). Os dias dela ficaram cheios de vida, coloridos, os olhos brilhavam, a cada bom dia, como nem ela sabia que ainda fosse possível sentir algo tão prazeroso. Parece que ficou até mais bonita. Ele sempre muito atencioso, sempre dizia que sentia o mesmo, que com ela se sentia em paz. (Paz... exatamente isso que ela sente na companhia dele)
Mas a vida não é um conto de fadas, nem um filme romântico, as vezes parece ser até bem cruel. Ele é tipo do sul e ela do Norte, ele tem uma Vida X e ela Y, ele tem prioridades MP e ela ML.
Pois é. É mais um típico romance de novela, que talvez não tenha final feliz. Ou, também pode ser um romance que trouxe para eles muito aprendizado (isso sem dúvida) e lembranças boas que ambos levarão para suas vidas e/ou para próximas "histórias". Ou mais, pode ser também que tudo mude e as prioridades MP e ML se transformem em uma única prioridade. Sabe Deus.
Nunca se sabe o que vai acontecer, falei pra Alice: Viva no seu país das maravilhas, o que for pra ser, vigora. Enquanto isso, aproveite os bons momentos, pode ser que o amanhã nem chegue.
Apenas mais uma de amor. Se é fato, "inventado", real ou imaginação, não se sabe, a única coisa que se tem certeza é que inúmeras histórias lindas acontecem sem necessariamente um final feliz. Elas existem para que não percamos a certeza de que o amor pode acontecer, mesmo que seja para deixar boas lembranças e nos tornar pessoas melhores.
Viva o amor!
