terça-feira, 17 de novembro de 2015

Dia Nacional da tolerância, em um mundo intolerante

Em um mundo completamente intolerante, no sentido mais amplo da palavra, pra não dizer em todas as esferas da vida, ontem, 16 de novembro, se fez alusão a tolerância.

Pela manhã recebi um e-mail do meu chefe motivando os funcionários a fazerem a seguinte reflexão: "Julgar (alguém ou alguma coisa) me acrescenta o que?" 

Exatamente isso, hoje com a advento da internet e as pessoas cada vez mais conectadas e envolvidas em redes sociais, vemos todos os dias indivíduos tomando partido em assuntos relacionados a: religião, futebol, política, homofobia e tantos outros. De maneira enfática todos expõem sua opinião como se esta fosse a única alternativa correta.

 Entretanto, as coisas estão chegando a um nível em que as pessoas ficam cada vez mais intolerantes e algo que era para ser uma rede de contatos, entretenimento ou mesmo um meio de divulgar um produto e fechar negócios, virou um campo de batalha virtual,  uma rede de intolerância e julgamentos em que as pessoas não se respeitam, são todas donas da razão e se digladiam dia após dia.

Em um mundo cada dia mais intolerante, o que eu posso fazer para suavizar pelo menos o ambiente em que vivo e convivo? Já parou pra pensar nisso? Qual é a sua responsabilidade e o que lhe cabe?

Voltando a pergunta que me fez refletir e querer escrever sobre o assunto: Julgar me acrescenta o que? 

Exatamente, antes de julgar os outros nada melhor que acordar para a vida e fazer um exame de consciência: quem sou eu pra julgar as atitudes e opiniões de alguém? Se a pessoa é da religião A ou B, o que me garante que a minha escolha ou escolha dela é a certa? Se a pessoa é homossexual, heterossexual ou qualquer outra escolha que ela tenha feito, quem sou eu para julgar as vontades de cada um?

Não precisamos responder a ninguém esses questionamentos, vamos só refletir. A intolerância é um câncer social que causa discórdia, guerra, mágoa, rancor, uma infinidade de sentimentos negativos que só irão fazer e trazer o mal. Não é por acaso que a intolerância religiosa está iniciando uma terceira guerra mundial, justamente por pessoas radicais, extremistas que não aceitam as escolhas alheias e impõem suas verdades em "nome de Alá".

 Aprender a respeitar o outro, não significa que estamos concordando com suas predileções, apenas estamos convivendo em comunidade, aceitando cada um do seu jeito, mantendo nossa postura e acolhendo ao próximo com suas diferenças. Vamos parar com a mania de querer impor nossos gostos e preferências.

Já passou da hora de pararmos de tentar "converter" fulano pra religião C porquê lá está a salvação, bem como já chega de olhar e tratar com indiferença aquele que optou por ficar com alguém do mesmo sexo. Cada um tem livre arbítrio para fazer suas escolhas e saber o que é melhor para si.

E quem é você para julgar? ou melhor, no que julgar a vida alheia vai te acrescentar?
Vamos pensar nisso, e não conseguindo mudar o mundo todo, vamos mudar pelo menos a nós mesmos, já é um grande passo para uma sociedade mais TOLERANTE.

Talvez, ainda seja possível termos um mundo mais harmonioso, só depende da capacidade de cada um de aceitar as diferenças, amar ao próximo e praticar a TOLERÂNCIA.