Em um mundo completamente intolerante, no sentido mais amplo da palavra, pra não dizer em todas as esferas da vida, ontem, 16 de novembro, se fez alusão a tolerância.
Pela manhã recebi um e-mail do meu chefe motivando os funcionários a fazerem a seguinte reflexão: "Julgar (alguém ou alguma coisa) me acrescenta o que?"
Exatamente isso, hoje com a advento da internet e as pessoas cada vez mais conectadas e envolvidas em redes sociais, vemos todos os dias indivíduos tomando partido em assuntos relacionados a: religião, futebol, política, homofobia e tantos outros. De maneira enfática todos expõem sua opinião como se esta fosse a única alternativa correta.
Entretanto, as coisas estão chegando a um nível em que as pessoas ficam cada vez mais intolerantes e algo que era para ser uma rede de contatos, entretenimento ou mesmo um meio de divulgar um produto e fechar negócios, virou um campo de batalha virtual, uma rede de intolerância e julgamentos em que as pessoas não se respeitam, são todas donas da razão e se digladiam dia após dia.
Em um mundo cada dia mais intolerante, o que eu posso fazer para suavizar pelo menos o ambiente em que vivo e convivo? Já parou pra pensar nisso? Qual é a sua responsabilidade e o que lhe cabe?
Voltando a pergunta que me fez refletir e querer escrever sobre o assunto: Julgar me acrescenta o que?
Exatamente, antes de julgar os outros nada melhor que acordar para a vida e fazer um exame de consciência: quem sou eu pra julgar as atitudes e opiniões de alguém? Se a pessoa é da religião A ou B, o que me garante que a minha escolha ou escolha dela é a certa? Se a pessoa é homossexual, heterossexual ou qualquer outra escolha que ela tenha feito, quem sou eu para julgar as vontades de cada um?
Não precisamos responder a ninguém esses questionamentos, vamos só refletir. A intolerância é um câncer social que causa discórdia, guerra, mágoa, rancor, uma infinidade de sentimentos negativos que só irão fazer e trazer o mal. Não é por acaso que a intolerância religiosa está iniciando uma terceira guerra mundial, justamente por pessoas radicais, extremistas que não aceitam as escolhas alheias e impõem suas verdades em "nome de Alá".
Aprender a respeitar o outro, não significa que estamos concordando com suas predileções, apenas estamos convivendo em comunidade, aceitando cada um do seu jeito, mantendo nossa postura e acolhendo ao próximo com suas diferenças. Vamos parar com a mania de querer impor nossos gostos e preferências.
Já passou da hora de pararmos de tentar "converter" fulano pra religião C porquê lá está a salvação, bem como já chega de olhar e tratar com indiferença aquele que optou por ficar com alguém do mesmo sexo. Cada um tem livre arbítrio para fazer suas escolhas e saber o que é melhor para si.
E quem é você para julgar? ou melhor, no que julgar a vida alheia vai te acrescentar?
Vamos pensar nisso, e não conseguindo mudar o mundo todo, vamos mudar pelo menos a nós mesmos, já é um grande passo para uma sociedade mais TOLERANTE.
Talvez, ainda seja possível termos um mundo mais harmonioso, só depende da capacidade de cada um de aceitar as diferenças, amar ao próximo e praticar a TOLERÂNCIA.
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